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PROMESSA QUEBRADA: Governo Jorginho Mello falha novamente com estudantes do Universidade Gratuita

  • Foto do escritor: Túlio De Amorim Pfuetzenreiter
    Túlio De Amorim Pfuetzenreiter
  • 2 de jul.
  • 2 min de leitura

Em mais um episódio de descaso com o programa de assistencialismo do governador Jorginho Mello (PL), o Governo de Santa Catarina volta a descumprir a palavra empenhada em relação ao Programa Universidade Gratuita.

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QUAL O PROBLEMA?

Após a revelação de fraudes envolvendo o programa — com empresários, servidores públicos de alto escalão e até dois prefeitos do PL-SC entre os beneficiários indevidos — outras falhas vieram à tona. E a lista não é pequena.

Desta vez, o foco está no processo de matrícula. Para acessar o programa, estudantes de baixa renda ainda são obrigados a se matricular nas universidades e pagar as primeiras parcelas, antes mesmo de saberem se terão direito à bolsa. Uma barreira enorme, considerando que o programa deveria atender justamente quem não tem recursos para arcar com os custos do ensino superior.

Muitos estudantes se arriscaram e bancaram os valores iniciais por conta própria, na esperança de receber o benefício. O resultado? Alguns não foram contemplados e ficaram apenas com a dívida.


A SOLUÇÃO PROMETIDA

A secretária de Educação, Luciane Ceretta, prometeu uma mudança radical na lógica do programa:

“A Secretaria de Estado da Educação, a partir do próximo semestre, antecipará o período de inscrições para concorrer ao programa. Desse modo, o estudante não precisará estar matriculado no curso de graduação de sua escolha para acessar o programa.”
“Os editais já estão disponíveis e trazem mudanças importantes. Todo o processo de renovação, inscrição e concessão será feito antes do início das aulas. Isso facilita o planejamento de estudantes, famílias e também instituições.”

Na prática, nada mudou. Os estudantes continuam sendo obrigados a se matricular sem qualquer confirmação sobre a bolsa.

A equipe do Jornal Explore teve acesso ao edital mais recente do programa e confirma: as declarações da secretária não batem com o que está no documento oficial.

O edital afirma que o período de concessão vai até 31/07/2025 e que a divulgação dos resultados pode ocorrer até 05/08/2025. O problema? As aulas já começam no dia 16/07/2025 — e as universidades já estão cobrando as matrículas normalmente.


DOCUMENTO OFICIAL (DOESC Nº 22534-A):
“Consultas, ajustes, análise de cadastros, documentos e confirmação das renovações para o segundo semestre: de 24/07 a 31/07 (Página 03)” 
“A divulgação dos estudantes beneficiados deverá ocorrer em até 5 dias corridos após o término do período de concessão conforme cronograma deste edital. (Página 05)”

Ou seja: mesmo após toda a crise de credibilidade do programa, o governo volta a impor insegurança e instabilidade aos estudantes que mais precisam de apoio.

Para os alunos de baixa renda, essa incerteza tem nome: angústia, insegurança e endividamento.

E para o governo, a pergunta permanece: Até quando a palavra dada será tratada com tamanho desrespeito?

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