Violência em escola de Indaial expõe omissão da gestão e descaso com alunos PcD

Em maio de 2025, um episódio chocante ocorreu em uma unidade escolar de Indaial. Denúncias registradas no Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) relatam que uma coordenadora de escola municipal, localizada no bairro Encano do Norte, teria agredido violentamente um aluno com deficiência dentro da unidade escolar.

Segundo o que foi levado ao MPSC, a criança teria sido atingida com uma sapatilha próximo à sala da direção, após um suposto ato de desobediência. O fato, conforme relatado, teria sido presenciado pela própria diretora da instituição, que nada fez para proteger o estudante.

Afastamento e silêncio

Após a denúncia, a coordenadora foi afastada de suas funções. Porém, passados três meses, não há informações claras sobre medidas disciplinares definitivas, tampouco sobre responsabilização da diretora que teria presenciado a agressão.

Pais e professores relatam que, até agora, a Secretaria de Educação não prestou esclarecimentos públicos sobre o caso. A ausência de transparência só aumenta a sensação de impunidade e de descaso com a comunidade escolar.

Alerta à comunidade e às autoridades

É inaceitável que crianças com deficiência (PcD) sejam expostas a esse tipo de violência dentro do espaço que deveria ser de acolhimento, aprendizado e proteção. A agressão não é apenas um ato isolado de brutalidade: é reflexo de uma rede de omissões e de conivência institucional.

A direção da escola, apontada em denúncia como testemunha do fato, segue em seu cargo normalmente. A omissão relatada em registros encaminhados ao MPSC não pode ser ignorada.