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INVERSÃO DE PAPEL

  • Foto do escritor: Túlio De Amorim Pfuetzenreiter
    Túlio De Amorim Pfuetzenreiter
  • 7 de jul.
  • 3 min de leitura
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Nos últimos dias, ocorreu uma grave inversão de valores no debate político e social brasileiro. A filha de 5 anos do empresário Roberto Justus foi alvo de ataques brutais nas redes sociais — tudo porque a menina posou para uma foto usando uma bolsa avaliada em R$ 14 mil.

Perfis nas redes sociais, muitos deles autodeclarados socialistas, comunistas e militantes da justiça social, passaram a destilar ódio contra a criança. Os comentários foram desde insinuações agressivas até ameaças explícitas de morte:

“Só guilhotina resolve.”
“Tinham que morrer.”
“Tem que mtr mesmo! PQP!!!!!!”

Dentre os agressores estavam até mesmo um professor da UFRJ e uma psicóloga — pessoas que, em tese, deveriam zelar por princípios de empatia, educação e cuidado com a infância. A crítica ao luxo se transformou em ódio dirigido a uma criança inocente — exatamente aquilo que se combate quando se denunciam discursos violentos proferidos por aquilo que eles mesmos classificam como extrema-direita.

 

A MILITÇANCIA QUE SE SESUMANIZA

A mesma militância que ataca a criança ignora por completo a postura da deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP) — talvez, atualmente, a voz mais influente da esquerda brasileira.

Érika se destaca por seus discursos denunciando o racismo, o sexismo, a discriminação sexual e, acima de tudo, o capitalismo opressor — apontado por ela como o sistema responsável por gerar desigualdades e opressões. Ela já declarou:

“O corpo preto precisa ser celebrado. Não devemos nos adequar aos padrões do opressor. Ser negro, ser trans, ser pobre — isso também é potência.”
“O capitalismo nos suga, nos esmaga, nos destrói. Precisamos pensar outras formas de viver.”“Nada pode ser pior que o capitalismo.”
“Não adianta eu colocar cabelo liso na cabeça, não adianta tentar disfarçar a negritude de vocês.”

São discursos legítimos dentro do debate ideológico que ela se propõe a fazer. Mas Érika se restringe ao discurso mesmo.

Ela não se posiciona contra os ataques sofridos por essa criança, ao mesmo tempo que ostenta — e ostenta muito — com dinheiro público.

Documentos revelam que Érika já gastou altas quantias com roupas, assessores pessoais, cabeleireiros e maquiadores profissionais pagos com recursos públicos. Só em um dos reembolsos constavam mais de R$ 4 mil em serviços de imagem pessoal — tudo isso em nome da “resistência”.

Érika já posou utilizando looks caríssimos, como óculos avaliados em mais de R$ 2,5 mil e uma bolsa de R$ 24,7 mil. Sem contar o excesso de assessores, muitos com cargos de confiança que pouco aparecem no dia a dia legislativo, mas seguem recebendo salários de até R$ 10 mil mensais. Existem registros de maquiadores contratados para atuar como... maquiadores. O gabinete, que deveria estar voltado para a construção de políticas públicas, mais parece uma extensão de um camarim de celebridade.

Érika, apesar de enaltecer sua negritude em seus discursos, também já gastou mais de R$ 24,7 mil em cirurgias médicas e estéticas. Evidentemente, ela recebeu reembolso da Câmara por esses gastos. Ou seja: você pagou!

 

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QUANDO A ESQUERDA PERDE A RAZÃO

Esse é o retrato da inversão de papel que vivemos: a militância que prega empatia, mas fomenta o ódio quando o alvo não é “do seu lado”; a parlamentar que denuncia privilégios, mas usufrui deles com o seu dinheiro; os justiceiros sociais que querem justiça seletiva — com cabeças decapitadas, se for o caso.

Quanto aos gastos de Roberto Justus... ele paga as contas com seu próprio dinheiro — e é abertamente um defensor do sistema capitalista, e dele usufrui.

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